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Revelada relação entre exploração da natureza e surtos de novas doenças

Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, revelou que existe uma forte relação entre a exploração da natureza e os surtos de novas doenças que acontecem pelo mundo.

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Na verdade, faz tempo que a Ciência estuda enfermidades causadas por agentes infecciosos que saltam de animais a humanos – como é o caso do Ebola, SARS, MERS e muito provavelmente do novo coronavírus. Pois o estudo apresentado agora apoia a cada vez mais aceita ideia de que a saúde da humanidade está interligada à saúde dos animais e à do planeta, e que a ocorrência de surtos, epidemias e pandemias consiste em um problema ambiental.

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De acordo com Helen Briggs, da BBC, o levantamento envolveu a análise de um grande volume de estudos científicos focados em doenças que “saltam” de animais a humanos e o posterior cruzamento dos dados obtidos com informações sobre animais em risco de extinção coletadas pela União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN.

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O resultado, como já comentamos, revelou que a interferência humana tem um importante papel no surgimento de surtos e epidemias. Mas, segundo Helen, mais precisamente, o estudo apontou que animais silvestres em risco de extinção, seja devido à caça, perda de habitat ou captura para o comércio ilegal, são portadores de mais do que o dobro de patógenos com potencial de causar doenças em humanos do que espécies em risco de desaparecer por outras causas.

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Segundo o estudo, o aumento de circulação de pessoas e de atividades humanas, bem como alterações no meio ambiente, acabam forçando muitas espécies a se adaptarem às mudanças e a se distribuírem de forma diferente do habitual na natureza. Com isso, à medida que os animais vão perdendo habitat, o risco de contato com pessoas aumenta – propiciando a transmissão de vírus e outros agentes entre animais e humanos.

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Sem falar que feiras e mercados onde há a comercialização de espécies silvestres oferecem o meio ideal para que animais e humanos – que dificilmente se “encontrariam” na natureza – entrem em contato e a transmissão de agentes infecciosos aconteça. Isso, por sua vez, também cria mais oportunidades para o surgimento de epidemias e pandemias, já que, com a maior facilidade para se viajar de um local a outro, bem como as relações comerciais estabelecidas entre parceiros de todo o planeta, o mundo se tornou muito “menor” do que há várias décadas.

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Hoje, doenças infecciosas podem surgir a qualquer momento, em qualquer local da Terra, e é muito mais fácil que elas se espalhem. Mas o perigo está no impacto que causamos na natureza e em nossa interação com animais que, normalmente, não teriam contato conosco. Assim, ou encontramos formas de coexistir de forma sustentável com os outros seres que habitam no planeta e reduzimos a nossa () influência sobre o meio ambiente ou teremos que conviver com o risco constante de sucumbir a um novo surto ou pandemia.

Fonte: BBC / Helen Briggs / Tecmundo

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