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‘Moro tem muita chance de chegar ao segundo turno’, avalia Maia

Presidente da Câmara comentou também pedidos de impeachment parados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (14) que acredita que o ex-ministro Sergio Moro seja um nome forte para as próximas eleições presidenciais, caso resolva ser candidato.

“Se disputar eleição, tem muita chance de chegar ao segundo turno. Todos os movimentos dele têm sido de político, não é mais de ex-ministro ou de ex-juiz”, afirmou Maia em entrevista à rádio Metrópole.

Maia avaliou também que a incerteza sobre o Brasil lá fora aumentou por conta da política ambiental do governo e dos atos antidemocráticos que aconteceram aqui. Ele disse que a participação do presidente Jair Bolsonaro nos atos passa um sinal preocupante para investidores estrangeiros,

“A ida de presidente aos atos sempre gera preocupação. Me preocupa porque afeta a imagem no exterior, onde a taxa de incerteza em relação ao Brasil aumentou por causa dos atos antidemocráticos e do meio ambiente”, acredita.

Questionado sobre quem deve ser seu sucessor no comando da Câmara, o deputado afirmou que acha que um candidato apoiado pelo governo não deve ter muitas chances. “Acredito que a Câmara escolherá um candidato independente do Poder Executivo, mas que dialogue com o presidente Bolsonaro e trabalhe com harmonia. Acho que esse é o perfil que vão escolher”, diz.

Apesar das falas, Maia reconhece que a interlocução com Bolsonaro melhorou nas últimas semanas. Ele diz que isso é essencial para a construção de caminhos no pós-pandemia que permitam que o Brasil volte a crescer.

“Temos mantido contato no que é fundamental. Não temos que ter a vaidade de ser chamado toda hora, ser ouvido toda hora. Minha relação com ele é saudável, não é de proximidade, mas é de respeito. Quando não consigo conversar com ele, falo com ministros da articulação política, como o (Luiz Eduardo) Ramos”, relata o deputado.

Avaliando alguns momentos críticos do governo, Maia considerou que o dia da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde foi pior do que a saída “do filhote do Olavo de Carvalho”, como se referiu ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

“Para tirar do foco a demissão de Mandetta, ele (Bolsonaro) me atacou em entrevista para canal fechado e eu tive que ter equilíbrio para não reagir no mesmo tom, o que poderia ter impacto na sequência das ações de combate ao coronavírus”, contou.

Já sobre a relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia considerou que o pior momento foi no início da pandemia, durante debate sobre o projeto de auxílio financeiro para Estados e municípios.

Ao falar dos mais de 30 processos de impeachment contra Bolsonaro parados em suas mãos, Maia afirmou que em meio a uma pandemia a saída de um presidente seria crítica. “Tema do impeachment é tema político. No meio de uma pandemia, tratarmos desse tema aprofundaria a crise, que está matando muita gente, afetando a economia e tirando empregos. Só aprofundaria dificuldades que passamos e que passaremos ainda mais.”

 

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