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Militares pressionam Abin para esconder número real de mortos por covid-19

Nomeados por Bolsonaro ao Ministério da Saúde planejam fazer truque contábil para 'maquiar' dados

Os militares nomeados por Jair Bolsonaro ao Ministério da Saúde, liderados por Eduardo Pazuello, estão adotando a mesma estratégia de Venezuela e Coréia do Norte no combate ao coronavírus: esconder os dados reais do público.

Segundo o jornal Valor Econômico, até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que produz relatórios internos para informar o presidente, tem sido pressionada para maquiar dados e esconder o número real de mortos da pandemia.

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Para abaixar ainda mais os números brasileiros, estratégia pode ser aprimorada nos próximos dias após sugestões de Luciano Hang, dono da loja de departamento Havan. O empresário enviou aos militares um vídeo onde aparece ao lado do deputado Osmar Terra (MDB-RS) dizendo que irá mostrar “o que há por trás do número de mortes da covid-19”.

Hang exibe, então, uma gráfico com dados de cartórios mostrando uma curva em queda. Assim, defende que o governo passe a publicar apenas as mortes confirmadas no mesmo dia. Segundo funcionários da Saúde, no entanto, a curva mostrada por Hang é descendente “porque os dados de mortes recentes são muito preliminares”.

Hoje, os números exibidos contêm as mortes registradas no mesmo dia e os óbitos confirmados naquela data, mas que ocorreram anteriormente e estavam sob investigação. Funcionários relatam que o coronel Elcio Franco Filho, secretário-executivo da pasta, tem insistido para que passem a ser divulgadas apenas as mortes ocorridas e confirmadas no mesmo dia.

Divergências
A nova “metodologia” já pode ter sido colocada em prática neste domingo (7), quando houve divergência nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Por volta de 20h30, o Ministério da Saúde divulgou o primeiro balanço, no qual informava que 1.382 mortes haviam sido registradas nas últimas 24 horas. Uma hora e meia depois, o portal do Ministério com informações referentes a covid-19 informou que o número de óbitos confirmados era de 525. Ou seja, havia uma diferença de 857 vítimas.

Também houve divergências em relação ao número de casos confirmados nas últimas 24 horas. O primeiro número divulgado apontava 12.581 casos. O segundo balanço, por sua vez, indicava 18.912 casos do novo coronavírus.

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