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Grávida é espancada e morta após sair de casa para cobrar dívida de R$ 106

Géssica Santos Silva trabalhou no Carnaval como cordeira

Órfã de pai e mãe desde os 4 anos, grávida de três meses e mãe de outros quatro filhos. Géssica  Santos Silva, de 24 anos, foi criada pela tia Beatriz Santana, 77, como se fosse sua filha. A idosa também ajudava Géssica  a criar os filhos. Tudo ia bem na família. Até que, na noite do sábado (29), a jovem saiu de casa para cobrar o valor de R$ 106 que tinha para receber e o que a família não imaginava aconteceu: uma tragédia.

Géssica  foi espancada, esfaqueada e morta a tiros na noite de sábado (29), na Vila Rui Barbosa, na Cidade Baixa. Ela foi deixada na porta de casa sobre uma porta velha de geladeira. Ao perceber a situação, a família rapidamente ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a socorreu para o Hospital do Subúrbio, mas ela resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

Segundo os familiares, Géssica  era uma pessoa que não comentava muito sobre sua vida. No entanto, antes de sair de casa, no sábado, ela avisou que iria cobrar o valor ds R$ 106 referente aos dois dias que trabalhou como cordeira no bloco da Banda Harmonia do samba, na sexta-feira e sábado de Carnaval.

O CORREIO esteve na casa de Géssica na manhã desta segunda-feira (2) e conversou com dona Beatriz, que disse que não imagina o que possa ter acontecido com a filha. Segundo ela, a Géssica era usuária de drogas, mas não tinha envolvimento com o tráfico no bairro.

“Eu que criei Gésisca, peguei ela para criar desde pequenininha, quando os pais dela morreram. Meu Deus, a minha filha morreu. Não sei o que aconteceu com ela, só vi o corpo dela jogado na frente de nossa casa”, contou a idosa, que revelou que a brutalidade dos autores foi tão intensa que ela não reconhecia a filha.

“Quebraram as costelas dela. Uma brutalidade sem tamanho. Eu perdi a minha filha, que perversidade fizeram com ela, meu Deus. Eu criei ela como uma filha, foram 24 anos debaixo da minha saia. Estavamos nos programando para fazer o aniversário dela no dia 26 de março. Ela ainda me deu bença antes de ser levada para o hospital. Estava com os olhos abertos”, lembrou.

Uma colega de trabalho de Géssica, que não quis se identificar, também esteve no local para prestar condolências à familia. Ela revelou que esteve com Géssica horas antes do ocorrido, quando foram receber o valor por terem trabalhado no Carnaval. No entanto, após receber o dinheiro, disse que não a viu mais e não imagina o que possa ter acontecido com a colega.

“Ela trabalhou comigo nos dois dias no Carnaval. Trabalhamos no trio do Harmonia do samba na sexta e sabado. Estamos todoa arrasados. Soube pelo celular mais tarde. Ela era uma pessoa boa”, disse.

Géssica deixa quatros filhos, três meninas e um menino: Arieli, de 3 anos, Ludmila, de 1 ano, Caroline de quatro meses e o mais velho, Andrés Daniel, de 5 anos. A família ainda não liberou o corpo da jovem no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLRN).

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

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