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Polícia acha cartaz do AI-5 e boneco de Scarface onde Queiroz foi preso

Um policial que fez partes das buscas afirmou que o cartaz era um "enfeite"

Um cartaz com AI-5, sigla do ato institucional mais pesado da ditadura militar, estava em cima da lareira da casa em Atibaia (SP) em que Fabrício Queiroz foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (18). Assinado em 1968, o AI-5 fechou o Congresso Nacional e retirou direitos dos cidadãos.

Um policial que fez partes das buscas afirmou que o cartaz era um “enfeite” da casa. Ao lado, estavam bonecos do mafioso Tony Montana, protagonista do filme “Scarface”. Dirigido por Brian de Palma e roteirizado por Oliver Stone, o filme é protagonizado por Al Pacino e conta a história de um mafioso que recebe residência pernamente nos EUA em troca de assassinar um oficial do governo cubano.

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Na casa, a polícia achou um computador, que foi usado por Queiroz para fazer a declaração do Imposto de Renda. Documentos dele e remédios que usa em um tratamento contra câncer estavam todos na residência, que pertence a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

O mandado de prisão preventiva – sem prazo para acabar – foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do estado (Alerj). No esquema, segundo a investigação, funcionários de Flávio Bolsonaro (Republicanos), então deputado estadual, devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e através do investimento em imóveis.

Queiroz ficou em silêncio na sede da Polícia Civil, diante de uma delegada e escrivã. Segundo o G1, ele pediu água e para ir ao banheiro. Questionado sobre a mulher dele, que também é alvo da operação, disse apenas que ela estava no Rio com a família.

O senador Flávio Bolsonaro disse, por uma rede social, que encara “com tranquilidade os acontecimentos de hoje” e que “mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro”. Já o presidente Jair Bolsonaro ainda não comentou o caso oficialmente. A assessores, afirmou que se vê vítima de um cerco jurídico que busca derrubá-lo, segundo a Folha de S. Paulo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão de Queiroz porque considerou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava cometendo crimes e estava fugindo e interferindo na coleta de provas. A Justiça autorizou também a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar. Às 10h30, ela ainda não havia sido encontrada e foi considerada foragida.

No Rio, a Polícia Civil também fez buscas na casa de Alessandra Esteves Marins, que faz parte da equipe de apoio do senador Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, Alessandra repassou cerca de R$ 19 mil a Queiroz.

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