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Bombril se desculpa por ‘Krespinha’ e diz que vai retirar item do portfólio

Empresa foi acusada de associação ao racismo ao utilizar no nome um estilo de cabelo e fazer comparações pejorativas

Após ser acusada de racismo nas redes sociais, a Bombril decidiu retirar de seu portfólio de produtos a esponja de aço “Krespinha”, apontada como uma associação pejorativa ao cabelo comum entre negros. Em comunicado, a empresa pediu desculpas à sociedade, mas explicou que a divulgação do item não se tratava de lançamento ou reposicionamento de produto.

“A Bombril decidiu que vai retirar, a partir de hoje, a marca Krespinha do seu portfólio de produtos. Diferentemente do que foi divulgado, não se tratava de lançamento ou reposicionamento de produto. A marca estava no portfólio há quase 70 anos, sem nenhuma publicidade nos últimos anos, fato que não diminui nossa responsabilidade. Mesmo sem intenção de ferir ou atingir qualquer pessoa, pedimos sinceras desculpas a toda a sociedade”, escreveu a Bombril.

A empresa ainda pontuou que o mundo, cada vez mais, está cobrando das empresas e das instituições o respeito e a valorização da diversidade. “Não há mais espaço para manifestações de preconceitos, sejam elas explícitas ou implícitas. A Bombril compartilha desses valores”, afirmou.

Ao final, a Bombril ainda anunciou que vai rever toda a comunicação da companhia, “além de identificar ações que possam gerar ainda mais compromisso com a diversidade”.

Entenda o caso

Mais cedo, a Bombril foi acusada de racismo nas redes sociais por causa de um suposto lançamento de uma esponja de aço com o nome “Krespinha”. A hashtag #BombrilRacista foi um dos assuntos mais comentados do Twitter hoje pela manhã.

No site da Bombril, o produto era definido como “perfeita para a limpeza pesada”, sendo utilizada para a remoção de sujeiras e gorduras “de um jeito rápido e eficaz, sem esforço”. No final da manhã, ele foi retirado do ar.

Reação nas redes sociais

Seguidores e digitais influencers chamaram a atenção para o produto e explicaram as conotações racistas que ele traz, como a ativista Winnie Bueno, a jornalista Yasmin Santos e o humorista Yuri Marçal.

Krespinha, a esponja de aço da Bombril, perpetua estereótipos racistas e imagens de controle que associam o corpo de mulheres negras ao trabalho doméstico pesado. O nome e o mkt é baseado em racismo. Fere historicamente a subjetividade de mulheres negras e segue firme no mercado.

— Conecto pessoas através de livros na @winnieteca (@winniebueno) June 17, 2020

A “krespinha” não é um produto novo no mercado. Em 1952, uma esponja de nome idêntico era vendida no país e usava o desenho de uma menina negra em seus anúncios. Alheia aos crescentes debates sobre racismo, a @BombrilOficial resolveu relançar o produto, mantendo o nome original. pic.twitter.com/MqJ1b4lEDu

— yasmin santos (@yasminsmp) June 17, 2020

certamente foi de propósito!#BombrilRacista

— jesus favelado (@YuriMarcal) June 17, 2020

Fonte: Correio24

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