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Cardiologista que receitou cloroquina para médico morto por coronavírus será demitido

Até então, médico seria advertido por quebrar protocolo e prescrever o medicamento

O médico Rafael Klecius Araújo, que prescreveu hidroxicloroquina para o colega de profissão se tratar em casa contra o coronavírus, será demitido, disse o secretário de Saúde Fábio Villas Boas, ao CORREIO. Gillmar Calasans Lima, 55 anos, morreu no último dia 20, em Ilhéus, depois de uma parada cardiorrespiratória. Ele havia começado o tratamento com hicroxidocloroquina dois dias antes de ter sido testado positivo para Covid-19 – no dia 18 de abril, uma semana depois dos primeiros sintomas.

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O cardiologista do Hospital Regional Costa do Cacau será dispensado quando retornar das férias, informou o Villas Boas. O prazo para que isso aconteça, no entanto, não foi divulgado. A reportagem tentou contato com Klecius, por telefone, mas não foi atendida.

O farmacêutico responsável por liberar os medicamento para o tratamento de Gilmar já havia sido demitido. A ladministração dos medicamentos é permitida apenas para pacientes internados, com diagnóstico positivo – o que não era o caso de Gilmar, que morreu quatro dias depois o início do tratamento com o combo de remédios, em casa, prescritos por Klecius.

“Não é que a hidroxicloroquina não possa ser comprada em farmácia, ela pode. Mas todos os remédios do hospital devem ser administrados apenas em pacientes internados. Por quebrar o protocolo, o funcionário foi demitido”, justificou Villas Boas, na ocasião da demissão do farmacêutico, na semana passada

Até então, o secretário de Saúde tinha afirmado que o cardiologista seria advertido. O porquê da mudança de posicionamento não foi explicado. Gilmar apresentava melhora do quadro, quando teve um mal súbito e foi levado para o Hospital do Cacau, onde já trabalhou. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos, mas não conseguiram.

O médico foi o 46º dos 76 óbitos confirmados por covid-19 no estado, que já tem 2.354 casos, segundo o boletim mais atualizado da Sesab. Fonte: Correio

 

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