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Brigas constantes no Carnaval faz população reprovar medida de “Polícia Observadora”

Apesar de Salvador estar preparada para receber turistas do Brasil e de diversas partes do mundo, com um novo sistema de ordenamento de trânsito, módulos de assistência médica e fiscalização com apoio da Guarda Municipal, a violência nas ruas ainda parece ser um problema difícil de ser resolvido.

Mesmo com a diminuição das taxas de roubo e morte no período festivo na capital em relação a 2019, muitos foliões reclamam das frequentes brigas e a violência do Carnaval, além dos constantes assédios sofridos pelas mulheres. A maioria das agressões ocorre no Circuito Dodô (Barra/Ondina), onde há uma maior concentração de pessoas.

A atuação da Polícia Militar este ano foi modificada a fim de evitar atritos entre PMs e foliões. Conforme explicou o comandante-geral da corporação, coronel Anselmo Brandão, os agentes foram orientados para agir mais como observadores. Segundo ele, o objetivo da operação deste ano é o de não disputar o espaço com o folião, fazendo patrulhamento pelas laterais dos trios.

“Vamos fazer mais observações e gerar menos atrito. As pessoas querem brincar e extravasar, às vezes a presença da PM inibe e é distorcido pela sociedade que a polícia agrediu. Não vai ter mais contrafluxo. O trio anda e a patrulha vai estar do lado. Não vai ter aquela agonia de empurra para lá e para cá. Temos reconhecimento e câmeras no circuito. Todo mundo está num Big Brother. Alguns policiais vão estar em cima dos trios. Teremos também canhões de luz para identificar os elementos que estarão fazendo algazarra”, declarou.

A medida, no entanto, não foi aprovada por parte da população, que reivindica uma presença mais firme da polícia. “Impossível brincar na paz, só brigas, empurrões. Cheguei à conclusão de que carnaval em Salvador pra mim já deu”, disse uma das leitoras do Varela Notícias.

As agressões são sofridas não só por quem vai para as ruas curtir os trios, mas também pelos vendedores ambulantes, que reivindicam por uma presença mais firme da polícia. Outro internauta comenta sobre o caso, citando que, algumas vezes, o material de trabalho dos vendedores é perdido durante os transtornos causados pelos ‘brigões’. “As brigas acontecem em qualquer bloco, teve um momento que alguns ambulantes perderam tudo”, comentou.

Outros casos

Na noite de sexta-feira (21), por exemplo, um homem foi atingido por um soco e desmaiou no meio do Circuito Dodô. Em outro momento, uma briga generalizada tomou conta das ruas de Ondina, causando irritação até mesmo no cantor Igor Kannário, que protestou contra a atitude. A cantora Anitta também se queixou da confusão causada enquanto o trio dela passava, também na sexta-feira.

Apesar de a maioria das confusões acontecerem na Barra/Ondina, o Circuito Osmar também deixa a desejar quando se trata de tranquilidade. Muitas mulheres já reclamaram das importunações que sofrem pelas ruas. Um caso ocorreu próximo ao Relógio São Pedro, onde um homem assediou uma mulher e, na tentativa de defendê-la, o companheiro da vítima foi agredido.

Medida de segurança

A mudança da atuação da PM, contudo, foi revertida, de acordo com o prefeito ACM Neto. Em coletiva neste sábado (22), o democrata afirmou que a PM decidiu reforçar a segurança no Circuito Dodô (Barra-Ondina), local com mais registro de casos de agressão nos módulos de saúde.

“Observamos uma preocupação maior no trecho da Barra. Ontem tivemos o registro de algumas ocorrências, mas já fomos informados pela PM que haverá uma atenção maior nesse trajeto”, afirmou.

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